domingo, 16 de outubro de 2011

dor de puta

ela vem urrado sua dor cardíaca, puta que pariu, ela quem chama, e não gosta da mãe, é tão santa, ronda a cidade na madrugada drogada, alcoolizada desde a semana passada, parida de uma ressaca braba, da qual não consegue livrar-se, traz a beleza, na cara, nos olhos azuis, dona desta beleza, da manhã acesa, da ferida acesa, dói tudo, mas ela vem sorrindo, com vontade de chorar.