sexta-feira, 26 de agosto de 2011

crochê

na cama eu adormeço meu espírito, meu crochê me aquece, transa de trançados, eu pareço estar bem "num" estado esquizofrênico e a noite traz consigo a insônia ao invés do sono, mesmo que impresso por remédios que me façam dormir, inúteis, perco o sono e me perco na noite que por si só já se diz sombria, uma beleza chavear a portar e trancar-se na rua pra esperar o sol vir estampado no céu, logo cedo, mesmo que chova a noite inteira e a neblina tome conta do meu caminho, mesmo assim com obstáculos quero percorrê-los e caso eles me levem a lugar nenhum quero fazer com que eles se abram e dai, eu farei eles percorrer-me da cabeça aos pés, e por falar em pé, lembrei-me do pé de roseira que avistei semana passada, despetalei ele e as suas rosas e seus espinhos me marcaram e ainda me marcam, trago-os nos pés e nas mãos cravejados como cruzes, credo, parece que enlouqueci, ou talvez eu esteja vendo muito a tv, ou vendo minhas próprias palavras serem postas a póstumo aqui, por eu mesmo, enlaçando-as nesta bendita página benzida, e deixo minhas palavras límpidas até lê-las novamente, e o dia amanheceu...
noite passada, realmente, eu estava fora de mim, chovendo por dentro, e por fora? por fora eu me sinto impossível.

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