sexta-feira, 4 de junho de 2010

fragmentação

Hoje uma noite de possessões incompriensíveis, procurando sem achar uma peça do meu quebra cabeça, pelo meu ser cheio de feitiços e mazelas, flechadas de baixo pra cima e um fundo musical, folk denunciando tudo e tirando as mascaras e recompondo as faces escuras, o blues amargo junto de um poema surreal, asim como eu. É muito bom sentir essa docilidade da insanidade, é quase divina, uma sensação que me tapa a goela, mata a sede e não sufoca. Mesmo assim nessa euforia, os amores voltam-me a cabeça. De qualquer forma, poderia tê-lo amado muito. E amar muito, quando é permitido. Como uma ideologia, como uma geografia: palmilhar cada vez mais fundo todos os milímetros de outro corpo. Mesmo que depois venha a morte e nos mate, mas nos mate amando.

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